22 dezembro 2010

Sunday Smile - Beirut

Tudo o que quero é o melhor para nossas vidas
E você sabe que meus desejos são sinceros
O que falar dos dias eu não posso descobrir

Um sorriso de domingo, você usou por um momento
Uma milha de domingo, nós paramos e cantamos
Um sorriso de domingo, você usou por um tempo
Uma milha de domingo, nós paramos e cantamos
Um sorriso de domingo, nós sentimos de verdade

13 dezembro 2010

Chovia naquela tarde, como chovia... a garota carregava consigo apenas um guarda chuva aberto em uma das mãos e alguns livros na outra, protegendo-os da chuva. Seus sapatos já estavam encharcados de tanto pisar em poças d'água no meio da correria. Na rua, não se via nenhum pedestre, apenas carros, os quais passavam, e molhavam ainda mais o corpo frágil da jovem. Ela não se abatia em nenhum momento, pois estava decidida a chegar em sua casa e abrir os livros.
E a chuva não parava, caia cada vez mais forte, suas roupas já estavam molhando mais e mais, mas em nenhum momento ela parava, e caminhava com mais firmeza ainda, se encolhendo pra proteger os livros tão preciosos, ainda haveria recompensa por todo esse esforço. Não prevera o que vinha em seguida, sendo levada ao chão, com todas as coisas que segurava, por conta de uma trombada com algum estranho. Agora sim um caso perdido, seus livros se encontravam todos encharcados, assim como sua roupa e seu corpo. O guarda chuva que tinha nas mãos se perdeu em alguma direção, e o responsável pelo ato que acontecera nem se preocupara com a jovem, continuando seu caminho sem olhar para trás.
Em um ato de pura raiva, gritou. Gritou tão alto palavras um pouco inapropriadas para uma garota de sua idade. Gritou, chorou, indignada com o que acontecera, e acabou chamando a atenção do estranho, que fez meia volta para ver o que acontecia. Se deparou com a garota se esforçando para pegar um ou dois livros que eram levados pela correnteza por conta da chuva que caia. Se deparou com a feição triste, desanimada em um rosto tão belo. Se deparou com as lágrimas que caíam de seus olhos e se misturavam com as gotas da chuva. Se deparou com uma cena um tanto quanto cômica, mas que lhe parecia tão triste. Voltou para prestar alguma ajuda a quem havia derrubado...

06 dezembro 2010

Carlos Drummond de Andrade

Este o nosso destino: amor.
amor. amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor à procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.


04 dezembro 2010

Se essa rua, se essa rua fosse minha
Eu mandava, eu mandava ladrilhar
Com pedrinhas, com pedrinhas de brilhantes
Só pro meu, só pro meu amor passar.

Nessa rua, nessa rua tem um bosque
Que se chama, que se chama solidão
Dentro dele, dentro dele mora um anjo
Que roubou, que roubou meu coração

Se eu roubei, se eu roubei seu coração
Tu roubaste, tu roubaste o meu também
Se eu roubei, se eu roubei seu coração
É porque, é porque te quero bem.

comer rezar amar.

Se você esvaziasse a sua mente, ela se abriria. E sabe o que o universo faria? Ele a preencheria... e tudo seria como deve ser.

02 dezembro 2010

trechos de Aprés Moi - Regina Spektor

Fevereiro, leve embora as manchas e chore
Escreva sobre fevereiro em meus lamentos
Mas nesse momento, nevando e trovejando
Na negra Primavera isso queima

[...]

Tenha medo dos mancos
Eles herdarão suas pernas
Tenha medo dos velhos
Eles herdarão suas almas
Tenha medo dos frios
Eles herdarão seu sangue
Depois de mim, o dilúvio
Depois de mim vem o dilúvio