22 março 2013

21 março 2013

17 março 2013


Olho, mas não vejo. É algo muito maior que minha mera visão pode alcançar. E essa cegueira se espalhou pelo mundo. Os cegos enxergam a realidade muito melhor que você ou eu.
Os olhos não são a única porta para enxergar, enxergue com a alma. Penso, focalizando o que talvez seja o desfoque, não admito me perder.
Nos alimentamos de imagens formadas a partir do pensamento que criamos. O enquadramento dos óculos no rosto propicia uma visão seletiva. Enxergo demais. Não quero perder a identidade.
Desviou o olhar, com medo de que captassem além do seu ser. Os olhos são as janelas da alma? Então me vejo olhando através das mesmas para realmente poder ver.

16 março 2013

Ah coração
Que bate assim acelerado
Nesse tempo

Vem coração
Dançando ao som
Dessa batida
Tão bonita
Tão sentida
Ao som da solidão

Bom coração
Não se desespere
Só espere
E sorria quando vir

É coração
Já sinto o jeito
E esse chamego
E esse seu cheiro
E essa voz
No meu ouvido

Ah coração
Bate feliz aqui no peito
Quando o sentir

13 março 2013

Dar-te-ei meu afeto, quem sabe. A realidade é bela apesar do mundo. A poesia se faz presente em prosa, e talvez a inspiração tenha voltado nesse instante. Passou por mim uma vontade de uma escrita engajada, mas o sentimentalismo me vem com mais força, e pego-me abobalhada em pensamentos.
Dar-me-á o beijos sem minha espera, ou não. Arranque-me sorrisos. Esses momentos sem nexo perdidos nessa escrita sem sentido - como me fez falta essa escrita - a vida é feita de razão, mas de que adianta um ponto frio?
Aquece-me assim, nesse abraço seu, e deixe-me perder nessa paz posta a nós no momento de encontro aos olhos.

11 março 2013


É como uma pintura no céu. Uma foto preto e branco mergulhada no universo de cores. Ela se move... ela tem som, ela me acalma a alma. Ah! Doces nuvens, tão distantes mas tão próximas, não as sinto inertes ao mundo e sim com uma extrema tranquilidade.
Os primeiros pingos batem no vidro, anunciando a chuva que deseja surgir. Escorrem pela janela como lágrimas vindas do céu conforme toda dança vem formando, o ritmo aumenta, e essa visão do mundo externo fica embaçada.
Trovões iniciam a orquestra, tão tímidos. E as gotas caem no chão. Fecho os olhos e me sinto distante de todo o resto que agora não importa. Um momento singular, pessoal. Gostaria de molhar-me com essa chuva santa.
A calma que vem consigo, mesmo recheada de elementos fortes. A delicadeza que encontro em tal cena.
Pés, pernas, troco, e um par de braços e mãos, juntamente com o pescoço e a cabeça apoiados no conforto de uma cama, privados de sentir a chuva. Apenas a imagino em contato com minha pele. Renovação.
Uma cena tão pequena, ínfima em um universo regido pelo tempo. E paramos um momento para degustar de tais coisas, tão singelas, mas necessárias para constatar que estamos vivos.

04 março 2013

Vivo em meio aos loucos. Vivo em meio a loucura violenta, a loucura perigosa. Vivo em meio a um ambiente contraditório, um ambiente sem razão, um ambiente sem paixão, um ambiente de poder. E todos buscam o poder. Caos... pela loucura.
Talvez procurem ordem, ou quem sabe o progresso, mas tudo que vejo é um contraste. E lá estão os loucos poderosos, os porcos fétidos, os possuidores do capital. E acolá um povo, e os impostos, e o trabalho, e o escravo moderno, escravo do tempo. E onde estão os direitos? E onde se encontra a vida? Ali vejo um povo leigo sobre seus próprios interesses. 
Mas o que se pode fazer? A vida moderna foi imposta dessa maneira. Aqui vejo a ignorância generalizada. Vejo a falta de interesse em um povo com estudo - qual o interesse em um povo com carga intelectual, capaz de perceber todas as mentiras e sujeiras de pessoas que deveriam estar em seus postos ajudando-o? Aqui vejo os farsantes. Vejo a liberdade de expressão sendo abafada. Vejo falta de interesse da maioria. Ou talvez seja o medo, ou quem sabe eles apenas não sabem.
Uma sociedade alienada, controlada pela mídia, vigiada. Manipulação.
E no final, talvez a louca seja eu. E essa loucura e dor que me seguem por saber que não é um país degenerado, ele apenas se encontra no padrão do mundo moderno.

03 março 2013

É tudo tão frágil... aqui estou com meu castelo de cartas. Espero que não bata um vento. Por que esse medo existe? deveria ser tudo tão fácil. Sou um peixe grande dentro de um aquário. Talvez eu esteja louca.
Apenas deixe-me escrever, só por vontade, sem compromisso. Apenas deixar minha loucura sair. Apenas deixar as palavras se explicarem por si só. Sou apenas um veículo para as palavras, pois elas tem vida por si... e eu estou viva por elas.