28 fevereiro 2011

24 fevereiro 2011

É visto um sorriso singelo... o choro preso na garganta.
A face serena... um olhar distante.
Risadas para todo lado... palavras entre soluços.
Os olhos brilhando... lágrimas caindo.
Contos de fadas... decepção.

17 fevereiro 2011

Com a cabeça baixa, parecendo achar interessante algum ponto fixo no chão, e as mãos tremulas, de longe se podia perceber o nervosismo estampado em sua testa. Alheia a tudo a sua volta, seu mundo particular parecia estar travando uma batalha, e mesmo sendo personagem principal dessa desventura, tentava a todo custo fugir dessa imagem...
Os olhos, já inundados de lágrimas cristalinas, a boca balbuciando quase que em silêncio algumas sílabas em desordem, os dedos de encontro um ao outro... Pobre mente, que se encontrava em um momento de confusão, um misto de satisfação e angústia.
Levou as mãos até apoiá-las em sua cabeça, fechando os olhos e respirando fundo... entre lágrimas e soluços, era possivel descrever algo que não expressava sentido algum: "será?... será?", e cada vez mais distante do mundo real, ia se perdendo em uma ilusão pessoal.
Os olhos abertos, as lágrimas secaram... quase que mecânico, sua face mudou de posição, passando a olhar o movimento na rua. Viu pés... pés se aproximando de si, e a cada passo dado, uma nova batida em seu coração era ouvida. Quase que num feitiço, a angústia foi embora, dando espaço para uma nova sensação: ansiedade. Toda confusão finalmente tinha se estabelecido, e quase que como uma luz, a resposta veio a tona.
Relaxou os músculos do rosto, e singelamente sorriu.

16 fevereiro 2011

Dispensa palavras, dispensa gestos, dispensa toques, dispensa som, dispensa olhos.
Sente sem perceber, e quando percebe é tarde demais.
Não adianta chorar, não adianta gritar... sofrer não vale a pena, a razão é justamente contrária a dor!
Razão não se mede, não é nescessário pensar. Pensar não ajuda, prejudica, confunde.
Confundo até mesmo a mais fria alma que se nega a se entregar... com medo de se perder, com medo de perder sua razão... se julga sem emoção, sem sentimentos, mas a confusão que causa em seu corpo é demais até para um cético responder a questão.
Estranho, confuso, delírios ocorrem a todo tempo, evasões a um mundo utópico, perfeito, no qual qualquer um se perde. Se perde no prazer, se perde em emoções, se perde em sentimentos escondidos no mais fundo possível de seu coração.
Até perceber que é tarde... já não pode mais voltar no tempo, já não pode mais explicar. Não é possível explicar o amor...

13 fevereiro 2011

Regina Spektor - Genius Next Door (tradução)

Alguns disseram que o lago local havia sido encantado
Outros disseram que devia ter sido o clima
Os vizinhos estavam tentando mantê-la calma
Mas eu juro que eu podia ouvir risos
Então eles brincaram apelidando isso de "mingau de aveia"
Porque durante a noite aquele lago tinha se tornado tão espesso como manteiga
Mas os jovens locais ainda iam nadar, beber
Dizendo que para eles não importava.

Se você segurar sua respiração até voltar na íntegra
Segure a respiração até achar que é necessário, seu tolo

O gênio do vizinho estava negociando quadros
Limpando o rótulo da garrafa de ketchup
Subindo e balbuciando fábulas alemãs
Não se importavam com o quanto ele foi capaz
De tirar a roupa pelo lixo
Durante a noite, enquanto todos dormiam
E caminhar pelo meio do mingau de aveia
Apenas ele e seu segredo para manter

Se você segurar sua respiração até voltar na íntegra
Segure a respiração até achar que é necessário, sua criança tola

De manhã, as filmadoras começaram a chegar
Com café, Donuts e repórteres
As crianças foram despertar a ressaca
Os vizinhos estavam ligando os seus carros
O lixeiro estava com o caminhão de lixo
Ateus estavam orando cheios de sarcasmo
E o gênio do vizinho estava dormindo
Sonhando que o antídoto era um orgasmo.

Se você segurar sua respiração até voltar na íntegra
Segure a respiração até achar que é necessário, sua criança tola

07 fevereiro 2011

Big Fish - Tim Burton

"Quando vês pela primeira vez o amor da tua vida, o tempo pára... mas o que não te disseram é que logo a seguir avança muito depressa para o apanhares novamente!"

02 fevereiro 2011

Que som se faz
Ao ouvir um som
conhecido?

Um sorriso sai
De seus lábios
Despercebido.

Uma flor se abre
Entre tantas outras
Num jardim...

A voz de um anjo
Numa melodia
Um anjo sorriu pra mim.

No verão o calor
O calor de um corpo
De alguém

Um alguém na rua
Brilhando a lua
A lua sobre um refém...

Um refém virei
Sobre o seu efeito
Em um som

Um som que sai
Pela sua voz
No perfeito tom.