29 janeiro 2013

E é tudo isso...

28 janeiro 2013

26 janeiro 2013

Já nem espero saber
São tantas coisas a dizer
Já não sei mais guardar
Só gostaria de controlar
Então eu te vi dessa vez
E as outras ficaram pra trás
Nem imaginava acontecer
Não sabia que tinha algo a mais
Era real o que eu sentia?
Era verdade aquilo que eu via?
Será que era certo o que acontecia?
Não sei! Pouco me importa!
Então te abracei dessa vez
E os outros ficaram pra trás
Então te beijei uma vez
Talvez eu queira um pouco mais
Confesso o meu medo
Mas quem consciente não teme?
Talvez seja a graça
Do que acontece quando se sente
Não quero me prolongar
Meu rosto já ferve sem te olhar
Não ria quando ouvir
A valsa que fiz pra quem me faz
Sorrir

24 janeiro 2013

Fitam-lhe os olhos
A sombra que se forma
E lhe assombra
Entre os sonhos que se perdem
Nesse olhar
Perdi-me
Em segundos que parecem
Não passar
E a cada passo, essa luz
Que escapa na janela
Veja ela, e me vejo
Aos sonhos a espera
No mesmo lugar
Esperá-lo-á o tempo
Esse tempo que me pára
E fico a te fitar
E sem que me dê conta
Os segundos se passaram

20 janeiro 2013

Deitada como de costume. Seus pés se encontravam apoiados na janela, suas mãos apoiando a cabeça para que pudesse enxergar melhor o tapete estrelado que se formava no céu. Seus olhos não se desprendiam de tal visão, até se fecharem.
De olhos fechados acompanhava a singela melodia que era produzida pelo vento. Em breves momentos acreditava seguir-se de fato um canto, um sopro, uma música. O som produzido pelo encontro do vento com seu filtro dos sonhos lhe proporcionavam uma sensação de prazer que não podia ser substituída por nenhum outro momento. Acreditava que a companhia de si mesma era a melhor companhia que poderia encontrar para tais momentos. Afinal, sua reflexão se dava ao fato de conversar consigo mesma e com o silêncio.
O silêncio era um bom amigo, um amigo presente de fato. Havia se acostumado com a presença do mesmo durante as madrugadas e o nascer do sol. Eram momentos onde de fato encontrava a paz. 

19 janeiro 2013

Talvez eu esteja sendo equivocada em alguns aspectos, mas no momento acabo de assistir "You don't know Jack", um filme lançado em 2010 com Al Pacino no papel do doutor Jack Kevorkian, um médico patologista que inventou a "máquina do suicídio", o que gerou bastante polêmica nos EUA na década de 90.
A questão é que a eutanásia, assunto debatido no filme é uma questão polêmica. Há questões religiosas envolvidas - quem diz que a vida foi dada por Deus, então somente o mesmo pode tirá-la - mas uma questão moral. Será que alguém tem o direito de ajudar o próximo a suicidar-se? (Nota: o termo suicidar-se é redundante, mas no momento isso é irrelevante). Bom, acredito que cada um tem controle da sua própria vida. Quantas vezes não vemos casos de pessoas que sofreram acidentes e ficaram em estado vegetativo? Isso pode ser chamado de vida? Acredito que não. A pessoa somente "existe", mas não leva uma vida normal.
Alguém que está em estado terminal, sem esperanças, somente com o sofrimento preenchendo essa passagem da vida para a morte, mas consciente de suas escolhas, pode sim decidir partir para outro plano sem dor. Sofrer sem viver, somente preso a esse mundo é um crime muito maior do que o suicídio assistido. O ser humano é consciente de suas próprias escolhas, e quando se trata da sua vida, ninguém deve decidir pelo mesmo.

17 janeiro 2013

MIRAGEM

Amar sem ver se vai doer
Nada que eu diga nessa canção
Mostra ou explica meu coração

Sem mais saber como dizer
Frases perdidas me levam ao chão
Você me leva sem direção

Vou pro seu mundo e vivo essa viagem
Por um segundo eu fico, só de passagem...
Miragem

Faz conhecer o prazer, o melhor sabor de amar
É descobrir, poder ver o que existe além-mar
E nessa viagem sinto meu mundo mais colorido
E agora eu já nem sei mais onde vai parar

Eu digo, se um dia eu não souber amar
Não puder cantar pelo seu melhor
Nesse dia eu não serei mais eu
Só serei um ser triste ao meu redor

http://www.youtube.com/watch?v=UbbdAnJsOCw

15 janeiro 2013

É uma sensação estranha de fato, não se sentir.
A água parecia não fazer mais efeito nenhum sobre seu corpo, o peso que fazia não mais existia. Talvez estivesse caminhando na lua, e na verdade a ideia de ter seu corpo mergulhado em algo era simplesmente o fato de estar mergulhada apenas no vácuo. Isso explicava não tocar o chão com os pés. Aliás, onde estava o chão? Havia se distraído em pensamentos como de fato acontecia, mas nesse momento não encontrava nem o chão que lhe apoiava.
Tentou voltar a superfície, mas essa também não existia, e por mais que seus braços e pernas trabalhassem, simplesmente não saíam do lugar. O ar já lhe faltava. O desespero a tomou. Abriu os olhos mas não enxergava, estava mergulhada na escuridão. O que mais poderia fazer? Deixou-se levar por toda a água que lhe abraçava.
O tempo passava, já não possuía oxigênio em seus pulmões, mas isso parecia não lhe incomodar. Aliás, nada que lhe proporcionara desespero certo tempo atrás parecia lhe assombrar. Não sentia mais medo, pois já havia se esquecido do chão, da superfície, da luz. Acostumara-se com tudo que não possuía, com tudo que não existia, e se encontrava em paz mergulhada no que de fato era o nada.

14 janeiro 2013

10 janeiro 2013

Vou sair por aí, abraçar o sossego. Internar-me em lugar nenhum onde o som que se faça rompa o silêncio que se transforma em melodia a cada dia que se passa deitada em uma rede presa a uma solidão de aconchego. Um aconchego nos braços das ideias, que resolveram abandonar-me por tempo indeterminado. Espero que não tenham ido embora de vez, afinal nem se despediram. Talvez tenha tirado férias pois até as mesmas precisam de descanso. Mas quando não se raciocina, a loucura aproveita a deixa para penetrar o espaço que parece vazio, e a lógica não existe num raciocínio lógico, afinal nada existe.
E se nada existe de fato? A ilusão que se faz parece fingir muito bem uma realidade inventada, pois me sinto presa sem perceber o que de fato é real. Não acompanho muito as palavras que decidem se formar em frases que não penso de fato. Esse transe me consome dia a dia.
Sinto-me amortecida, meu rosto, minhas mãos, meus pés, meu cérebro. Quando o cérebro amortece, o pensamento se forma de forma lenta. Então acho que cheguei ao fim desse problema.

09 janeiro 2013

E o corpo pede descanso
A alma pede que pare
Apenas por pouco tempo 
Para que possa se recuperar
E tudo é dito em versos
Pois o raciocínio fez greve da prosa
E na verdade nada tem coerência
São apenas palavras jogadas
E pensamentos que se seguem
Sem ser postos no papel
Por algum motivo que desconheço
Acordou, se mexeu um pouco na cama. O despertador tocou novamente, resolveu levantar. Colocou seu chinelo e seus pés o levaram ao banheiro. Urinou, lavou as mãos e o rosto, se olhou no espelho. A mesma imagem de todos os dias. O mesmo olhar cansado. A mesma cara abatida. Seguiu para a cozinha, fez um café e comeu uma torrada seca. Seguiu novamente ao banheiro e escovou os dentes. Foi para o quarto e se vestiu. Saiu de casa. Chegou ao ponto de ônibus e esperou por quinze minutos, e subiu no ônibus até o trabalho. Chegou no trabalho, passou o cartão e foi até o elevador. Subiu até o terceiro andar e seguiu até sua mesa. Durante o expediente atendeu algumas vezes o telefone, assinou alguns papéis e ficou na frente do computador. Quando deu a hora, desligou o computador, juntou alguns papéis levantou-se e seguiu em direção a saída. Passou mais uma vez o cartão e esperou pelo ônibus de volta para a casa. Chegou em sua casa, foi ao banheiro e tomou um banho. Fez algum prato rápido, comeu e assistiu o jornal na TV, desligou-a e se deitou.
Acordou, se mexeu um pouco na cama. O despertador tocou novamente, resolveu levantar. Colocou seu chinelo e seus pés o levaram ao banheiro. Urinou, lavou as mãos e o rosto, se olhou no espelho. A mesma imagem de todos os dias. O mesmo olhar cansado. A mesma cara abatida. Seguiu para a cozinha, fez um café e comeu uma torrada seca. Seguiu novamente ao banheiro e escovou os dentes. Foi para o quarto e se vestiu. Saiu de casa. Chegou ao ponto de ônibus e esperou por quinze minutos, e subiu no ônibus até o trabalho. Chegou no trabalho, passou o cartão e foi até o elevador. Subiu até o terceiro andar e seguiu até sua mesa. Durante o expediente atendeu algumas vezes o telefone, assinou alguns papéis e ficou na frente do computador. Quando deu a hora, desligou o computador, juntou alguns papéis levantou-se e seguiu em direção a saída. Passou mais uma vez o cartão e esperou pelo ônibus de volta para a casa. Chegou em sua casa, foi ao banheiro e tomou um banho. Fez algum prato rápido, comeu e assistiu o jornal na TV, desligou-a e se deitou.
Seguiram-se dias iguais, e uma rotina que não chegava ao fim. O tédio lhe engolia dia a dia e de maneira com que não percebia o que se seguia. Vivia assim sem reclamar, sem sentir nada, amorfo, apático perante o tempo que passava sem aproveitar.
Acordou, se mexeu um pouco na cama. O despertador tocou novamente, resolveu levantar. Colocou seu chinelo e seus pés o levaram ao banheiro. Urinou, lavou as mãos e o rosto, se olhou no espelho. A mesma imagem de todos os dias. O mesmo olhar cansado. A mesma cara abatida. Seguiu para a cozinha, fez um café e comeu uma torrada seca. Seguiu novamente ao banheiro e escovou os dentes. Foi para o quarto e se vestiu. Saiu de casa. Chegou ao ponto de ônibus e esperou por quinze minutos, e subiu no ônibus até o trabalho. Chegou no trabalho, passou o cartão e foi até o elevador. Subiu até o terceiro andar e seguiu até sua mesa. Durante o expediente atendeu algumas vezes o telefone, assinou alguns papéis e ficou na frente do computador. Quando deu a hora, desligou o computador, juntou alguns papéis levantou-se e seguiu em direção a saída. Passou mais uma vez o cartão mas chegando ao ponto de ônibus resolveu seguir a pé. Passou em frente a um bar e resolveu entrar. Pediu uma dose de uísque, depois mais uma e assim até chegar a sexta dose. Estava anestesiado. Não sentia seu corpo da mesma maneira. Foi então que passou por ele uma mulher. Exuberante de fato, farta, extremamente maquiada, que se sentou ao seu lado. Falava sem parar, tragava seu cigarro e soltava a fumaça na cara do homem que parecia não estar vivo de fato. Ria sem parar e algumas vezes tocava em seu braço de leve. O homem pareceu reagir com os toques, e em algumas horas de conversa levantaram-se do balcão e saíram do bar acompanhados um pelo outro. Seguiram a um motel próximo, e ali ficaram por duas horas. Ao sair sem se despedir, o homem atravessou a rua e nada mais viu.
Não acordaria no dia seguinte.

07 janeiro 2013

O cheiro. O abraço. O beijo. O olhar - talvez eu fique horas apenas com esse olhar. As brincadeiras. As conversas. A amizade. A energia. A beleza. A inteligência. O potencial. O argumento - e do outro lado a falta dele. O carinho. O afeto. A atração. O caos e a paz. O confuso. O aprendizado. O ensinamento. A sensação. O pensamento. O sentimento. O simples fato de bem estar pela companhia.
A não-ilusão, por saber que todos são motivos reais que completam esse raciocínio e me fazem concluir os porquês para a questão deposta. E era apenas isso que eu tinha para dizer. Encontro-me em harmonia.

05 janeiro 2013


Começo mais uma vez sem saber ao certo sobre o que dizer. Talvez tudo que eu escreva comece por aí, mas a verdade é que em algum momento aqui em meio as palavras, alguma ideia há de surgir. Não tenho muito nada de poético para dizer, e muito menos de intelectual, mas algumas loucuras - ou às vezes apenas pensamentos comuns - fazem com que eu queira marcar aqui algo que não sei bem o que é.
Odeio ser interrompida no meio de um raciocínio, pois parece que ele foge - e pior, demora para voltar. E é exatamente assim que me sinto agora. Poderia pensar e escrever em alguma hora do dia, mas não tenho mais muitas horas do dia livre, isso me perturba. Não encontro mais muito tempo para pensar, e isso me irrita profundamente. Aliás, me encontro em uma fase muito fácil de ser irritada. Uma pessoa irritável talvez. Não posso dizer que isso seja bom.
Somos responsáveis inteiramente pelos nossos atos, e quando nos comprometemos com algo, nosso compromisso deve ser cumprido. Talvez eu só queira fugir. Acho que vou me internar nas montanhas ou algo parecido. É uma boa ideia, talvez. Mas realmente as montanhas parecem muito acolhedoras nas fotos, e uma casinha com lareira também. Enfim, meu raciocínio não parece muito lógico, e peço desculpas por isso - na realidade não peço, não tem muito porque pedir desculpas, apenas quero escrever, e quem por ventura ler é porque quer ler, então não me desculpo. 
Sinto-me cansada, e no caso minha cama parece um lugar muito convidativo. Talvez eu me interne lá por um ou dois dias sem contato com qualquer alma de qualquer lugar. Sem contato com o mundo exterior. Mas de uma certa forma não me sinto feliz confinada dentro do meu quarto nem da minha casa. Não quero me sentir como um animal em cativeiro. Quero fazer o que tenho vontade. Mas... o que tenho vontade? Bom, pra começar, tenho vontade de escrever tudo que está escrito aqui, e assim começar o ano de 2013 dizendo algo que gostaria de dizer. Talvez seja isso mesmo, e eu precise dizer e fazer coisas que sinto vontade. Talvez eu faça isso, mas por hora, vou apenas deitar-me e descansar.

04 janeiro 2013

Tô pensando em fugir,
Ir pra lugar de ninguém
Mas não sei como agir,
Ajo como me convém
Só preciso avisar
Pra não preocupar ninguém,
Mas se avisar vão tentar
Falar "nem vem que não tem"
Vou sair na calada
Da noite pra ninguém notar,
Só te aviso é pra você
Não se preocupar.
Relaxe que uma carta
Há de eu mandar,
Mas se quiser pode vir
Mas as coisas vai ter que deixar
Pras trás
E não olhar jamais
Pra lá...
Só eu sei que as coisas são tão passageiras,
Já sonhei com minha vida inteira,
Só não quero que pensem besteira
Por isso já não quero mais,
Não ligo de deixar pra trás.
Tem um lugar no carro se quiser,
Só busque os livros e o cigarro que tiver.
Já peguei as malas e paguei a gasolina,
Se mudar de ideia e ficar
Sei que vai encontrar outra menina...
Você decide se vai ou se fica
Não vou mudar de ideia agora.
Faça o que não te prejudica
Já deu a minha hora
Mas eu sei que você também
Quer ir
Embora...