Não fui a melhor aluna do colégio nem a mais inteligente da turma, meu ideal e ideias não são melhores que os outros e meus argumentos não são os mais fortes. Mas acredito ter uma ótima base - modéstia a parte - para entender claramente a importância de lutar e pelo que luto.
Minha fé, que parecia estar no fim, reacendeu ao ver essa geração (a minha) finalmente saindo do sofá/ cama/ cadeira e indo para as ruas. Os 20 centavos foram a gota d'água para todos os abusos que sofremos constantemente. Bato na mesma tecla com o intuito de realmente entenderem. Enquanto há um aumento abusivo no valor do transporte, imóvel, salário dos deputados, impostos, o salário mínimo só vem a cair. O descaso que se faz presente quanto às saúde e educação enquanto há um investimento para que chamo "status" do país. De que adianta ser a sexta economia mundial, com toda a desigualdade interna?
Não há momento mais propício para uma revolução do que agora, que estamos em evidência no mundo. Não há melhor momento para mostrar essa nossa "democracia", nossa insatisfação, o despreparo da nossa polícia - que deveria proteger o povo e não atacá-lo -, a atitude do nosso governo para com o povo. Mas, apesar de toda a insatisfação, o foco ainda precisa existir (20 cent.), um passo de cada vez. Agora o gigante acordou e parece que não adormecerá tão cedo.
É um momento histórico, talvez "Revolta da Tarifa", talvez "Revolta do Vinagre", o nome ainda virá. A questão é que entramos para a história, e todas as grandes mudanças na história começaram assim: com a base revertendo a pirâmide social.