23 junho 2011

" O coração instável é a única constante neste mundo. "

20 junho 2011

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Chasing pavements (tradução)

Eu me decidi
Não preciso refletir sobre isto
Se estivesse errada, estaria certa
Não é preciso nenhum olhar
Isto não é luxúria
Eu sei que isso é amor, mas
Se eu dissesse ao mundo
Não teria dito o bastante
Porque não foi dito a você
A única certeza que temos nessa vida é uma só: mudança.

17 junho 2011

Elephant Gun (tradução)

Se eu fosse jovem, eu fugiria dessa cidade,
Enterraria meus sonhos embaixo da terra
Assim como eu, nós bebemos até morrer,
Nós bebemos essa noite

Longe de casa, com armas de caça
Vamos abatê-los um por um
Nós vamos derruba-los, eles não foram encontrados
Eles não estão aqui

Que comece a temporada - elas rolam como devem
Que comece a temporada - que derrube o grande rei
Que comece a temporada - elas rolam como devem
Que comece a temporada - derrubem o grande rei

E rompe através do silêncio, nosso acampamento
À noite
E rompe através da noite
A noite toda, toda a noite
E rompe através do silêncio, nosso acampamento
À noite
E rompe através do silêncio, tudo que é deixado
É tudo o que eu escondo

13 junho 2011

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Os quereres - Caetano Veloso

Onde queres revolver, sou coqueiro
Onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
Onde sou só desejo, queres não
Onde não queres nada, nada falta
Onde voas bem alto, sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão

Onde queres família, sou maluco
E onde queres romântico, burguês
E onde queres Leblon, sou Pernambuco
E onde queres eunuco, garanhão
E onde queres o sim e o não, talvez
E onde vês, eu não vislumbro razão
Onde o queres o lobo, sou o irmão
E onde queres cowboy, sou chinês

Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor

Onde queres o ato, sou o espírito
E onde queres ternura, sou tesão
E onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói

E eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssimas prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica rima e nunca dor
Mas a vida é real e é de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Eu te quero (e não queres) como és

Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor

Onde queres comício, fliper-video
Onde queres romance, rock n roll
Onde queres a lua, eu sou o sol
E onde a pura natura, o inseticídio
Onde queres mistério, eu sou a luz
E onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro
E onde queres coqueiro, sou obus

O quereres e o estares sempre afim
O que em ti é em mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal quereres assim
Infinitivamente impessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer o que há, e do que não há em mim
Tanta coisa para dizer, e no momento necessário as palavras me fogem da cabeça...

08 junho 2011

05 junho 2011

As fotos pregadas na parede, as prateleiras cheias de livros e caixas, a cama desarrumada, cheia de roupa amassada, bolsa, cobertor e travesseiros. O tapete fora arrastado até um canto qualquer do quarto, perto dos pés de alguém. Sentada, com as costas de encontro a porta que dava passagem para qualquer um que quisesse entrar no aposento, lia calmamente um livro, dos tantos que ficavam guardados.
Não sabia há quanto tempo estava passando os olhos pelas páginas, mas aquela história lhe parecia bem interessante, pois pela janela conseguiu perceber que já estava escurecendo. Por quantas horas ficou fora dessa realidade? Quatro, cinco horas? Já não ligava, ficara tanto tempo naquele silêncio dela mesma, que qualquer ruído lhe causava dor de cabeça. Estava precisando daquilo a um bom tempo, finalmente conseguiu descansar as ideias um pouco.
Um som muito conhecido a tirou de sua leitura: a campainha. Estava prestes a matar o infeliz que a fez levantar do chão quentinho do seu quarto para pisar no piso gelado da garagem. Abriu a porta e colocou apenas a cabeça para fora para visualizar melhor a pessoa que tocou aquele aparelho infernal. Ninguém... só podia ser brincadeira, será que aqueles vizinhos estavam de graça com a sua cara... de novo? Com uma raiva enorme bateu a porta. Estava quase chegando no seu santuário da leitura, quando aquele som entrou novamente na casa. Voltou batendo os pés até o portão dessa vez, e já quase falando palavras um tanto quanto inconvenientes para a situação, parou estática, muda... não acreditava no que via, o que ele estava fazendo ali?