23 abril 2013

Amour



A tua ausência me traz tanta dor
O amargor do tempo que não tem
Que se faz perdido em paz
E mais
A doce solidão que se faz
Diante dos meus pés
E desaba sobre minha aba
Minha cabeça abre
E muito mais
Perco seu sorriso
Perco o juízo nesse olhar
Perco a fala
Me calo diante a sala
Vazia a se encontrar
Mas será que você não sente
O estremecer da minha voz
Mas será que você não ouve
O meu coração buscando paz
Abra a janela agora
E veja fora
O que lhe espera a toa
A vida é boa
Quero seu amor
Doce e tenaz


22 abril 2013

Desejo sua pele contra minha pele. Seu cheiro... seu cheiro ficou na minha blusa, na memória. Ah, mas que memória visceral. Desejo seus olhos e a proximidade de ambos. É possível desejar tanto alguém assim? Antes que pergunte, gosto do desejado sim, de que vale um desejo vazio?
A saudade bate, o carinho bate, quero seu abraço, quero seu beijo.
Pego-me na surpresa por me sentir assim. O que posso fazer? A culpa é inteiramente sua por ser assim, mas obrigada por ser exatamente quem é. Aguardo as conversas, e até mesmo o silêncio.
Encontro-me a rir sozinha quando penso que tudo é real, e me sinto feliz por ser. Só peço que não se gabe, somos todos humanos.
Como é doce o amor...
Não somos eternos, somos apenas instantes. Mas nada de fato é eterno, tudo é instante. Mas e se esse instante for eterno? O tempo é relativo, talvez a eternidade dure menos de um segundo.
"Já pensou que , se todos realizassem seus sonhos, o mundo seria insuficientemente grande? Ou seja, a felicidade ou o ideal de muitos é mera ilusão e que mesmo assim ela tem que se adaptar a realidade."

13 abril 2013

O que foi que você fez?
Agora é tarde demais
Você sabe que vai ser assim
A partir desse momento
Mas por que seguiu sua voz?
Eu dormia tranquilamente
Por que me acordou tão de repente?
Sinto leveza nesse trago
E como a fumaça se desfaz

Você fala em voz doce
Mas o medo ainda me acompanha
São três horas da manhã
Por favor, volte pra cama
O que trás aí consigo?
É mais um mimo?
O que? Não, por favor
Escute bem...
Não tenho mais voz.

Agora fica aí arrependido
Pode chorar se quiser querido
Se satisfaça com o que fez
Ou então estará tudo perdido
Veja o vermelho desse amor
Espalhado pela cama
Fique comigo aqui deitado
Você sabe o que fazer
É só puxar...
O tempo brinca de parar, o que acontece por aqui? A vi olhando o relógio da igreja, mas que horas eram? Os números haviam sumido - que fato estranho a se seguir.
No nada ao virar a esquerda em lugar nenhum, ficava a cidade. Sobrenomes não existiam, mas era costume do lugar. Os primeiros nomes se limitavam à Maria para as moças e José para os rapazes. Ninguém se incomodava ao estilo de vida peculiar dessa comunidade. Mas um fato agora assombra o tal lugar: o tempo parou. Sim, parou exatamente às 13h45min, e essa hora já está a mais ou menos quanto tempo? Bom, não dá para ser preciso, já que o sol continua do mesmo jeito. As pessoas não entendem, alguns afirmam ser o fim do mundo, outros apenas supõe uma alucinação coletiva. Enquanto isso ela observa o relógio, os números sumiram. O tic tac continua sem que nada aconteça. No fim alguém tem uma ideia. Então José põe-se a falar: "Continuaremos nossa rotina natural. Comeremos, trabalharemos, dormiremos, e assim quem sabe tudo volte ao normal". Todos concordam.
Suas vidas continuam sem nada a acontecer. A loucura se faz presente, ninguém está em si! Transformaram-se em animais, e agora devoram uns aos outros. Pesadelo!
Voltou a si e o relógio batia 13h46min. As pessoas andavam tranquilas, e ela se pôs a pensar...

02 abril 2013

Bem, não sei se viu
Mas cá estou
Com tudo que pediu
Com tudo que mandou
Agora posso por favor
Sair porta afora
Depois de jogar fora
Tanto tempo
Que fiquei aqui
Como é o mundo lá fora?
Me deixe partir
Você prometeu à horas
Por que faz isso
Tenho juízo
Se não se lembra
Force na memória...

Agora tanto faz
Por favor esqueça dessa história
Que me mantém a tanto tempo
Agora sai!
Tudo bem, prefiro aqui
Sei que que protege
Me congele pra que eu me esqueça
E deixe tudo pra trás...

01 abril 2013

A tinta corre solta no papel
Ninguém ouve nada
A fita é trocada a todo momento
Não se vá; não se acabe assim
Encerro aqui sem mais nada dizer

Aqui jaz uma mente inquieta...
Quero os sorrisos, o lirismo, sim...

Dê-me asas, pois as pernas já não são
suficientes. Vou sair...

A loucura se faz presente em cada movimento
de meus dedos...

(...)