26 setembro 2011

...

Desculpe, não pude conter as lágrimas. Nem sempre nos encontramos bem, de bem com a vida. Não posso fingir algo desse perfil, pois não estou no meu melhor.
Desculpe, não é nada com ninguém, só acordei num dia qualquer em uma hora qualquer onde minhas emoções resolveram dar um nó. Não me faça sorrir quando na verdade minha vontade é chorar, não me peça para dizer palavras reconfortantes, quando na verdade quem precisa de conforto sou eu. Não me peça para passar uma imagem que não é a minha no momento.
Desculpe se pareço estar acabada, mas uma onda de tristeza passou por mim a poucos minutos, e como todo ser humano, tenho lágrimas a escorrer, assim como um sorriso para mostrar quando estiver melhor.

20 setembro 2011

The time has come again (tradução)

O tempo veio novamente
Galgando os degraus vagarosamente
[...] Esperando pacientemente
Entre uma costura desgastada
Se escondendo de si mesmo
Tão bem quanto qualquer um
Sem permissão
Seu rosto ficou tenso
[...]Me encontre embaixo da lua, não se vá tão depressa
[...]O tempo veio novamente
Galgando os degraus vagarosamente

19 setembro 2011

Desculpe a falta de jeito, ou as palavras enroladas. Ainda não me acostumei com a ideia de escrever dessa forma, ainda não acostumei com tudo que acontece. As emoções e sensações estão se misturando dentro de mim, em todos os sentidos.
Distante... de uma certa forma eu me sinto distante de tudo e de todos. As coisas mudam, mudaram, estão em constante mudança. Mudança, uma palavra muito importante pra mim, acho que a mais necessária no meu vocabulário, e principalmente na minha vida. Tudo se resume a mudar o tempo todo, nem que seja a posição do travesseiro na hora de dormir. Isso de uma certa forma me acalma.
Disseram-me que penso demais, que acabo de uma certa forma escondendo muitas vezes o que há. Sempre me senti como um livro aberto, e cada vez que pensava dessa maneira fazia algo pra me fechar, nem que fosse um pouco. Isso pode ter sido exagero, mas não sei exatamente como falar, afinal, sou assim.
"Eu amo você", uma frase tão simples e tão difícil de se falar, que normalmente fica escondida em algum lugar que esquecemos, e vem a tona somente em casos que demonstrem tal importância. Sim, existem casos que me orgulho de utilizar essa expressão. I love you, Ich liebe dich, Te quiero, Je t'aime...
Quase dezesseis anos completos, e venho aqui perto dessa data com esses "lembretes", que de alguma forma quiseram ser escritos, registrados para que algum dia, talvez eu venha aqui e me surpreenda com algumas coisas ditas.

15 setembro 2011

The Lovers (tradução/trecho)

E quando o amor vem novamente
e quando o amor vem
o olá...
surge em suas gargantas como o canto
fascina seus corações como a brisa
as boas coisas
os estranhos trazem em seus braços
faz a vida muito boa novamente.

Eles tornam suas faces à luz
não mais escondendo-se na noite
tão desavergonhados e destemidos
que eles podem enfrentar os erros de um o outro
e embora a valsa terá seu fim,
não há nenhum problema em somente fingir
que eles são especiais e estão separados
os amantes, os amantes do coração... os amantes.

...

11 setembro 2011

João e Maria

Agora eu era o herói
E o meu cavalo só falava inglês
A noiva do cowboy
Era você além das outras três
Eu enfrentava os batalhões
Os alemães e seus canhões
Guardava o meu bodoque
E ensaiava o rock para as matinês

Agora eu era o rei
Era o bedel e era também juiz
E pela minha lei
A gente era obrigado a ser feliz
E você era a princesa que eu fiz coroar
E era tão linda de se admirar
Que andava nua pelo meu país

Não, não fuja não
Finja que agora eu era o seu brinquedo
Eu era o seu pião
O seu bicho preferido
Vem, me dê a mão
A gente agora já não tinha medo
No tempo da maldade acho que a gente nem tinha nascido

Agora era fatal
Que o faz-de-conta terminasse assim
Pra lá deste quintal
Era uma noite que não tem mais fim
Pois você sumiu no mundo sem me avisar
E agora eu era um louco a perguntar
O que é que a vida vai fazer de mim?

07 setembro 2011

Não sei se foi melhor assim, não sei se fiz certo. A questão é que parei há muito tempo de pensar, parei há muito tempo de tentar encontrar respostas para tudo que acontecia.
Me sinto bem assim, fazia muito tempo que não me sentia tão bem assim... devo isso a você. Você sabe muito bem que tudo o que eu disser aqui será somente pra você. Obrigada, seria o mais sensato a se dizer nesse momento, ou até mesmo incluir um "por tudo", mas não sei muito bem ao que exatamente eu estaria agradecendo, pois não seria muito específico, e isso poderia confundi-lo, ou até mesmo a cabeça de outras pessoas que veem esse meu pensamento confuso. Pois bem, quero lhe agradecer pelo seu sorriso e pelos seus olhos.
Eu poderia dizer também que você me deixa de uma maneira que não sei explicar, ou até mesmo poderia citar a ansiedade que vem antes de te ver, ou a vontade incontrolável de não sair mais do seu lado... mas isso me deixaria constrangida, e te deixaria constrangido. Seria um exagero tantas coisas assim, mesmo sendo verdade, e o bom é quando as pessoas não sabem ao certo o que as outras poderiam estar querendo dizer sobre elas.
Posso estar parecendo direta demais, ou por um lado, subjetiva demais. Depende do seu ponto de vista, ou depende do que você quer entender sobre isso, ou o que qualquer um quer entender sobre isso. Deixo isso a sua escolha...

05 setembro 2011

...

O trem parou em uma parada qualquer. Com os braços apoiados na janela, e a cabeça apoiada em ambos, ela observava o movimento da paisagem, estática. As portas se abriram, fazendo-a lembrar que era exatamente o local que precisava descer. Um bocejo rápido, seguido de uma espreguiçada e um esfregão nos olhos. Havia saído do trem.
Atravessava aquela praça todas as manhãs para chegar ao seu destino. As árvores ali paradas da mesma forma que o dia anterior, a senhora com um pacote de pão sentada no banco com pombos ao seu redor, como em qualquer outro dia. Um assobio foi ouvido, a fazendo virar com uma expressão um tanto quanto desagradável na face. O olhar de desdém foi rapidamente substituído por um rosto um tanto abobalhado.
Ali estava, com um sorriso no rosto um jovem com seu violão na mão, sentado em um dos bancos, que ao perceber a expressão da garota, apenas alargou ainda mais o sorriso. Decidido a tomar alguma atitude, colocou seu violão em posição e tocou um acorde. E outro, e outro, até o conjunto se transformar em uma melodia. A jovem por sua vez, continuava ali parada com a mesma cara, até acordar de seus devaneios e lembrar que iria se atrasar... sem ao menos dar sinal nenhum, deu meia volta com o corpo e seguiu em frente. O rapaz apenas parou sua música, olhou a silhueta que andava em frente e seguiu seu caminho.
Um dia depois. Com o mesmo ritual de sempre, a garota desceu do trem e passou pela praça, procurou rapidamente com os olhos uma figura conhecida, mas se desapontou ao perceber que ele não estava ali. Continuou seu caminho, até ouvir um conjunto de acordes e captar mais uma vez aquele sorriso. Alguma coisa lhe dizia que ainda o veria por muito tempo.

01 setembro 2011

Fluorescent Adolescent (tradução)

Você costumava vestir sua meia arrastão
Agora você apenas usa seu vestido
Descartou as noitadas por gentileza
Desembarcou em uma crise muito comum
Tudo está em ordem dentro de um buraco negro
Nada parece tão bonito quanto o passado, apesar de tudo
Está faltando tabasco naquela Bloody Mary
Lembra quando ele costumava ser um canalha?

Oh, aquele garoto é um cafajeste
O melhor que você já teve
O melhor que você já teve
É apenas uma lembrança e aqueles sonhos
Não eram tão estúpidos quanto pareciam
Não tão estúpidos quanto pareciam
Meu amor, quando você os sonhou...

Folheando um livrinho de dicas de sexo
Se lembra de quando os garotos eram todo elétricos?
Agora quando ela conta que vai superar isso
Eu fico achando que ela preferiria apenas esquecer isso
Me contendo para não ficar sentimental
Ela disse que não iria, mas foi assim mesmo
Gosta que seus cavalheiros não sejam gentis
Era um marcador de bingo ou um lápis de apostas?

Oh lindeza, pra onde você foi?
Pra onde você foi?
Pra onde você foi?

Desmoronando
Você virou a esquerda na Rua da Ultima Risada
Você investigou
Você não volta mais.